A impensável condenação da advogada que denunciou Prevent Senior na CPI da Covid

Por Moisés Mendes

A OAB vai dizer alguma coisa diante da condenação da advogada Bruna Mendes Morato, que denunciou, como representante legal de um grupo de médicos, os desmandos da Clínica Prevent na CPI do Genocídio?

A Prevent teve diretores e médicos investigados pela CPI, que pediu o indiciamento dos donos e de 18 profissionais.

A advogada é a primeira ‘criminosa’ condenada pelos delitos graves da pandemia, enquanto todos os 79 denunciados pela comissão, com pedidos de indiciamento ao Ministério Público, estão impunes, entre os quais Bolsonaro e seus três filhos.

Todos os apontados pela CIP como criminosos estão livres e soltos e protegidos pela lerdeza, pela omissão ou pela cumplicidade do sistema de Justiça. Todos.

E a advogada é condenada por injúria, em primeira instância, a pagar R$ 300 mil aos donos da Prevent. Nem os parentes de assassinados pela ditadura obtêm uma cifra desse tamanho como indenização.

A grande imprensa covarde abandonou Bruna Morato, incluindo a Globo, que concorreu ao Grammy com uma reportagem de Alvaro Pereira Júnior sobre O Caso Prevent. O poder econômico está vencendo de novo.

O Brasil acovardado abandonou Bruna Morato, que teve a coragem de tornar públicos alguns dos mais graves desmandos que orientaram o trabalho da comissão.

Os integrantes da CPI não podem se acovardar. E as mulheres advogadas ficarão caladas?

 

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