A guerra

Por João Franzin

É preciso respeitar as alianças e valorizar cada aliado pelo que tenha de qualidade e não de defeitos.

 

Num País como o Brasil, eleição presidencial é guerra. Somos a maior província mineral do planeta, somos território imenso, ocupamos posição de domínio no Atlântico Sul.
Temos a Amazônia e o aquífero Guarani.
As principais multinacionais estão estabelecidas por aqui. Somos a garantia de produção da proteína animal.
Temos 215 milhões de habitantes. Ou seja, temos gente e um dos maiores mercados consumidores do mundo.
A classe dominante não quer perder isso, nem um só pedaço. Portanto, jogará pesado na eleição.
Já derrubaram Getúlio, Jango e Dilma. Já atacaram Juscelino antes mesmo da posse. Já infernizaram Brizola. Já prenderam Lula sem provas. Agora, mandam a Federal molestar Ciro.
Portanto, a vantagem atual de Lula deve ser olhada com o otimismo da vontade e o pessimismo da razão.
Lula é um milagre do Terceiro Mundo. Sua eleição poderá, como dizia Brizola, emendar o fio da história. Mas é preciso criar condições e consolidar posições para que vença e governe.
É preciso trabalhar duro, palmo a palmo, e parar com esse foguetório infantil nas redes sociais.
É preciso respeitar as alianças e valorizar cada aliado pelo que tenha de qualidade e não de defeitos.
É preciso entender a complexidade do mundo concreto, ter humildade, ter disciplina, ter responsabilidade e reduzir ao mínimo as margens de erro.

 

 

João Franzin é jornalista, escritor, nacionalista e diretor da Agência Sindical

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