Por Nelson Marques
Foto do jornal Contato
Dia 2 de abril passado, fez 7 anos que o ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin , perdeu seu filho Tomás, em um acidente de helicóptero. Além de Tomás, dona Lu e Geraldo Alckmin tiveram mais dois filhos: Sofia e Geraldinho.
O acidente que matou o Tomás e mais quatro pessoas foi uma grande e trágica ironia do destino.
Tomás era piloto de helicóptero e, quando não estava voando, dava plantão em um heliporto na região oeste da grande São Paulo. No dia 2 de abril, Tomás estava de plantão no heliporto, como sempre fazia, aguardando ser chamado para algum vôo não agendado. Um colega seu, piloto de helicóptero como ele, o chamou e mais três colegas para um vôo curto, com o objetivo de testar um aparelho que havia acabado de ser adquirido por um cliente do heliporto. Tomás aceitou na hora – estava entediado por não ter voado naquele dia. Embarcaram na “maquina zero bala”, decolaram e voaram por não mais que 10 minutos. O helicóptero, “zero bala”, perdeu potência e se estatelou no solo. Os cinco ocupantes morreram na hora.
Por dever profissional, estive proximo do casal Alckmin alguns dias após a tragédia. O rosto dos dois expressava uma dor profunda, lancinante. Era impossivel olhar para os dois e não sentir uma pontada no peito. Sou pai de três e imagino que perder um filho é a mãe de todas as dores da alma. A dor maior.
Hoje quando vejo o Geraldo Alckmin como vice do Lula, fico pensando que aquela dor monstruosa pode ter levado ele a repensar sua vida, seus princípios a até a sua fé. Algumas pessoas quando sofrem uma perda como essa endurecem seu coração, ficam amargas e insensíveis.
Outras, como acho que aconteceu com o Geraldo, passam a olhar o mundo de outra forma, a pensar mais no outro, nos mais necessitados. Essa é a minha teoria: a tragédia transformou o Alckmin num cara melhor.
Nelson Marques é jornalista e produtor de vídeos. Assina dezenas de campanhas eleitorais, de vereador a presidente da República. É consultor do site Construir Resistência
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Interessante artigo de Nelson Marques. Testemunhei casos parecidos. Tem lógica.