E relatava na matéria: “Não resta a menor dúvida: a maneira como foi concessionado o estádio do Pacaembu, patrimônio do povo paulista, foi um negócio de pai para filho. A empresa Allegra, que ganhou a concorrência em plena pandemia, quando a sociedade não teve a oportunidade sequer de se manifestar contra a negociata, quer agora reduzir 71% do valor que terão que pagar à Prefeitura. E quer ainda ganhar de brinde a praça Charles Muller, outro bem da cidade”.
“A Allegra pagou R$ 111 milhões por um conjunto esportivo avaliado em cerca de R$ 900 milhões e nem este valor quer pagar agora. Alega prejuízos com o negócio por causa da pandemia. Em janeiro de 2020, ela assumiu o complexo, que inclui o estádio municipal Paulo Machado de Carvalho e um ginásio esportivo. A Praça Charles Miller e o Museu do Futebol ficaram fora da concessão”.
Roubo, esculacho e destruição
Veja o que escreveu o colaborador do Construir Resistência, o Walter Falceta, um dos fundadores do Coletivo Democracia Corintiana (CDC)., que tem como título a mensagem acima:
“O canalha João Doria sucateou para justificar a entrega do patrimônio a sua gangue de bandidos predadores. Entregou tudo por uma bagatela. Agora, os mafiosos tentam pagar ainda menos do que o acertado no leilão da pilhagem. E ainda exigem a posse da Praça Charles Miller. Todos os compromissos assumidos com as instâncias de preservação do patrimônio histórico foram atirados na lata do lixo. A promessa de só derrubar o tobogã ficou na história. O campo já se foi. Agora, caem também as arquibancadas, produzindo um dano estrutural a toda área da encosta do vale.
E ninguém diz nada. Os promotores procuradores de fama não produzem powerpoints nem cogitam de montar uma força-tarefa para defender o patrimônio público e o interesse da coletividade. Se não são uns bananas, estão mancomunados com os quadrilheiros que devoram a cidade, a memória e o sonho”.
Enfim, a destruição de um patrimônio histórico, ao estilo de Jair Bolsonaro, João Dória, o finado Bruno Covas e o atual prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, que sempre beneficiam os empresário milionários em detrimento dos interesses da população é uma mentalidade que deveremos derrotar nas urnas com Luiz Inácio Lula da Silva, no Planalto e Fernando Haddad no governo de São Paulo.
Um basta na entrega de patrimônio público e histórico em todos os níveis.
Fotos do facebook
Abaixo, o vídeo, realizado por Paulo Rapoport (Popó) em janeiro, por ocasião do início da destruição do Pacaembu
Texto e narração: Chico Malfitani