Globo descarta Casagrande depois de abocanhar milhões de Bolsonaro
Por Simão Zygband com informação das redes sociais Agora a TV dos Marinhos vai bajular o miliciano que cuspiu nela. Os bolsominions estão desorientados. Justo eles que tratavam a emissora carioca como Globolixo. O ex-jogador e comentarista Walter Casagrande Jr foi demitido da TV Globo nesta quarta-feira (6). Ele estava na emissora há 25 anos. O próprio ex-atleta reconheceu que a decisão foi um ‘alívio’ A informação foi dada pelo comentarista, em um vídeo postado em suas redes sociais. “Depois de 25 anos de Globo, seis Copas do Mundo, cinco finais, incluindo a de 2002, com os dois gols do Ronaldo, três Olimpíadas e diversas finais de campeonatos por aí, meu ciclo acabou. Estou saindo da Globo hoje, não faço mais parte do grupo de Esportes da TV. Vou seguir a minha estrada. Na realidade, acho que foi um alívio para os dois lados”, postou. O contrato do comentarista venceria em dezembro, mas sua saída foi antecipada, e a rescisão foi assinada nesta quarta-feira (6). O ex -jogador começou como comentaarista na ESPN, e depois se transferiu para a Globo. Na emissora, comentou jogos da seleção brasileira e, principalmente, nos confrontos de clubes paulistas. Casagrande, uma das lideranças da Democracia Corithiana, nunca escondeu suas posições políticas e sua admiração por Lula e pelo PT. Era crítico do governo do genocida Jair Bolsonaro, cujos interlocutores com a emissora devem ter “pedido a cabeça” do Casão. Uma prática antiga no jornalismo. O derrame de dinheiro Apesar das constantes críticas a TV Globo, o governo de Bolsonaro aumentou em 75% os gastos em publicidade na emissora em 2022, ano em que o presidente tenta a reeleição. Os dados são da Secretaria de Comunicação e foram divulgados pelo portal Uol. Entre 1º de janeiro de 21 de julho de 2021, o governo de Bolsonaro pagou R$ 6,5 milhões para a Globo divulgar publicidades ligadas ao Planalto – tanto em âmbito nacional quanto regional. No mesmo período de 2022, o valor subiu para R$ 11,4 milhões. Segundo o levantamento realizado pelo Uol, o foco da publicidade do governo são as campanhas institucionais, que mostram os feitos da gestão de Jair Bolsonaro. Esse seriam um meio de tentar alavancar a popularidade do presidente da República. Bolsonaro nunca escondeu a preferência pessoal por outras emissoras, que são mais receptivas a ele, como SBT e Record, enquanto fazia críticas a Globo. No entanto, com a eleição em vista, a maior emissora do país já recebeu mais do que outras redes que são favoráveis a Bolsonaro. Em 2022, somando os gastos com as cinco maiores emissoras de TV aberta do país, Globo, SBT, Rede TV, Record e Bandeirantes, o governo já gastou mais de R$ 33 milhões em publicidade. O valor é o maior desde 2019. Segundo dados divulgados pelo Uol, no primeiro ano do governo de Jair Bolsonaro, foram R$ 30,4 milhões em publicidade no mesmo período, de 1º de janeiro de 21 de julho. Em 2020, R$ 11,8 milhões e, em 2021, 29,5 milhões.
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