Bilionário compra Twitter para tentar derrotar Lula
O bilionário Elon Musk, considerado o homem mais rico do mundo, com um patrimônio avaliado em U$ 265 bilhões ( algo em torno de R$ 1 trilhão, 325 bilhões em moeda nativa) comprou o Twitter, fato que foi comemorado pelos bolsonaristas. Conforme notícia divulgada pela UOL, a companhia deixará de ter ações negociadas na bolsa para se tornar uma de capital fechado. O ministro das Comunicações, Fábio Faria, se congratulou com o bilionário pelo Twitter. “Mais uma vez você está a dois passos na frente dos outros players e agora faz um gesto ao mundo e em defesa da liberdade”. O que quis dizer o bolsonarista com suas palavras. Que a candidatura de extrema direita do capitão reformado terá mais esta ferramenta para assacar contra seus adversários. Antes da compra, o (sic) presidente e seus filhos já tiveram mensagens apagadas ou com avisos pelas políticas de controle do Twitter, por difundirem desinformações e fake news. Em novembro último, o bilionário dono da SpaceX e daTesla, se encontrou com o ministro das Comunicações,Fábio Faria (PSD-RN), para firmar um acordo sobre o oferecimento de internet em áreas rurais, especialmente na Amazônia. O objetivo seria prover acesso às populações remotas e monitorar o desmatamento florestal. Alguém acredita? Os bolsonaristas se sentem incomodados por que o atual mandatário não apresenta muita evolução nas pesquisas de opinião pública sobre as eleições de outubro, onde é suplantado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que se mantém na dianteira há mais de seis meses e o candidato da extrema direta apenas conseguiu agregar votos de Sérgio Moro, que desistiu da disputa. Não é segredo para ninguém que a extrema direita mundial teme a perda de um país estratégico como o Brasil para um candidato de esquerda (que ganhou adesão ao centro), como Lula e farão de tudo para impedir sua vitória, que já se vislumbra com o passar dos dias. Na eleição de 2018, o bolsonarismo contou com os trabalhos de Steve Bannon, o estrategista do ex-presidente norte-americano, Donald Trump, que esteve no Brasil para construir uma eficiente rede de fake news e desinformação que ajudou muito na eleição do presidente genocida. Mas, por ter disseminado ódio por todos os lugares onde atuou, inclusive nos EUA, Steve Bannon foi preso pelo FBI, por ter descumprido ordem do comitê legislativo norte-americano que investiga a invasão do Capitólio, logo após a derrota de Donald Trump para Joe Biden. Há suspeita que o estrategista virtual estivesse por trás dos lamentáveis episódios, que teve mortes e destruição. Está cumprindo um providencial “anonimato” para não ir novamente para detrás das grades. Apesar de ter um poderoso arsenal de redes sociais, disseminando inverdades, desinformação e fake news (notícias falsas) e assacando contra seus adversários através do chamado “gabinete do ódio”, mantido inclusive com dinheiro público, o bolsonarismo teve importante perda de instrumentos com a revelação de que o aplicativo de mensagens Telegran operava clandestinamente no Brasil para o governo de extrema direita e passou a ser observado mais de perto pelos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), pois não apenas servia aos extremistas de direita, mas também para divulgação de pedofilia, tráfico de drogas e armas. Era a rede preferida dos terroristas do Estado Islâmico. O Telegran chegou a ser bloqueado pelo STF e os seguidores do presidente extremista rosnaram reclamando da falta de liberdade de expressão (sic). Tudo indica que o bilionário Elon Musk. que era contra o distanciamento social (que classificou como atitude fascista ) e defendeu o uso da Cloroquina em plena pandemia de Covid-19 nos EUA (fazendo coro com o ex-presidente Donald Trump), adquiriu o Twitter para tentar dar uma forcinha para o presidenciável que lhe parece mais palatável no Brasil. Como disse Musk em um evento recente: “Um bom sinal para saber se há liberdade de expressão é: alguém de quem você não gosta tem permissão para dizer algo que você não gosta? Se for esse o caso, então temos liberdade de expressão.” Alguma dúvida de quem ele estará a serviço no Brasil? Não se deve bobear com a extrema direita mundial, que tem dinheiro e poder para tentar mudar o rumo das eleições e de prejudicar governos democraticamente eleitos como a da ex-presidenta Dilma Rousseff. É bem possível que o Twitter se torne a ferramenta preferencial do bolsonarismo. Mas ela será suficiente para superar a popularidade do ex-presidente Lula, cujo carisma agrada em cheio os corações da população mais pobre e prejudicada pela política do genocida no poder, conforme mostram todas as pesquisas? A militância está com sangue nos olhos para derrotar Bolsonaro. Não será o Twitter que mudará esta situação.
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