Construir Resistência

24 de maio de 2021

Seriam os camisas amarelas de hoje os camisas verdes de ontem?

Por Helvidio Mattos Admito que não tenho conhecimento suficiente para responder essa pergunta. Não estudei a fundo sobre os camisas verdes de Plínio Salgado. Mas, vistos de muito longe, pareciam eles menos agressivos e bem menos ignorantes que os camisas amarelas da atualidade. Tinham um grito de saudação apropriado da língua tupi que significava “Você é meu irmão”. Carinhoso, não é? Cá entre nós, a palavra Anauê é muito mais sonora do que Mito, que os amarelinhos gritam para o líder deles. Outra diferença é que Plínio Salgado, líder dos verdes, foi a Itália em 1930 para conhecer o fascismo de perto. Dizem que ele ficou muito bem impressionado com aquilo. Tanto é que em 1932 (já de volta ao Brasil) lança o Manifesto de Outubro com as diretrizes para a fundação de um novo partido político: Aliança Integralista Brasileira. A ideologia da AIB era tão próxima do nazifascismo que teve até sede dividida com o Partido Nazista na cidade de Rio do Sul em Santa Catarina. Além disso o movimento era financiado em parte pela embaixada italiana. Já o inominável ‘cara da casa de vidro’ não consegue ser aceito em partido algum desde que naufragou a ideia de criar uma agremiação para chamar de sua. Em questões financeiras, ele e seu clã têm muito o que explicar. No quesito agressividade, os camisas verdes de ontem eram mestres em espancar negros em suas manifestações de rua. Em 1934, o ódio se voltou para o Partido Comunista Brasileiro, cujos integrantes passaram a ser perseguidos pelas súcias dedicadas a brigas de rua e terrorismo urbano. Coincidência ou não, os camisas amarelas estão por aí atacando tudo e todos que diante de burrice deles são comunistas ou quem se oponham ao tal do Mito. Lembram do grupo dos 300 de Brasília? Pontos em comum são achados ainda na lista de apoiadores. A IB tinha o suporte de cidadãos italianos e portugueses, de militares da Marinha e das classes alta e média. O capitão expulso do exército por tentativa de terrorismo urbano tem na classe alta (empresários e milionários que se mantêm à custa dos mais pobres) nas FFAA e nas PMs e nos motociclistas cariocas seus principais apoiadores. Assim como a ultradireita brasileira de hoje, a ultradireita brasileira de ontem era pródiga em seus discursos recheados de palavras como pátria, deus e nacionalismo. Após amargar um exílio de 7 anos em Portugal, o fascista Plínio Salgado foi eleito duas vezes deputado (uma pelo Paraná e outra por São Paulo) e disputou as eleições para presidente da república em 1955 (recebeu 714 mil votos, 8% do total). Após facilitar a morte de 500 mil brasileiros na pior crise humanitária do país, de abrir a porta para que a Amazônia fosse devastada, de fazer de tudo para acabar com a cultura e a ciência brasileiras e deixar o povo morrer de fome, o fascista de plantão deveria ter o mesmo fim do fascista Benito Mussolini, pendurado de cabeça para baixo em um posto de gasolina qualquer. Helvidio Mattos é um jornalista paulistano que optou por viajar pelos cinco continentes e pelas entranhas do Brasil em busca de histórias humanas e contá-las para quem quisesse ouvir. E não é que deu certo?

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Governo Bolsonaro: retrocesso democrático e degradação política

Organizado pelos pesquisadores Leonardo Avritzer (UFMG), Fábio Kerche (Unirio) e Marjorie Marona (UFMG), a obra Governo Bolsonaro: retrocesso democrático e degradação política reúne importantes pesquisadores brasileiros e estrangeiros de renomadas universidades para traçar uma análise detalhada dos mais diferentes aspectos dos dois primeiros anos do governo Bolsonaro. São 35 capítulos que cobrem a relação conflituosa do governo com outros poderes e instituições, incluindo as igrejas e os movimentos sociais; dedicam-se à análise da trajetória das políticas públicas e indicam os retrocessos também em questões raciais e de gênero. Não escapa aos autores a análise da política econômica do governo e de suas relações com outros países, tampouco a tensão que estabelece com a imprensa e a reação da opinião pública. CONSTRUIR RESISTÊNCIA  indica a leitura deste livro que auxilia na compreensão de um momento político extremamente delicado que coloca em risco a democracia brasileira.   AVRITZER, L; KERCHE, F.; MARONA, M. (Orgs). Governo Bolsonaro: retrocesso democrático e degradação política. Belo Horizonte/São Paulo: Editora Autêntica, 2021, 571 pgs.

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Barcos de papel

Por Vidomar Silva Filho   “Meu querido Renzo”. Não, não dava pra começar assim. O Renzo agora era da outra. Riscou. “Querido Renzo”. Não, também não servia isso de querido. Ele também não a chamava mais meine Schatz como nas cartas do tempo do namoro. E se o bilhete caísse nas mãos da Anna, a alemoa ainda podia vir tirar satisfações. Riscou e começou novamente: “Renzo, preciso muito conversar contigo”. Enquanto pensava em como prosseguir, Alice a interrompeu. – Mãe, o que tu tá fazendo? – Não é tu, Alice. Como é que se diz? – A senhora. Que que a senhora tá fazendo? – Eu tô escrevendo um bilhete pro teu pai. – Quando que ele volta pra casa? O balanço tá quebrado. – O Klaus conserta quando voltar da escola. Agora vai brincar só um pouquinho, tá? A mãe tá ocupada. – Me dá um papel desse aí? Eu quero fazer um barquinho que nem o Klaus me ensinou. Alzira arrancou uma das poucas folhas que restavam no caderno e deu-a à filha, que se sentou no chão e começou a dobrar o papel ao meio, cuidadosamente. Ela ia tateando no bilhete. Não tinha como dizer o indizível. Não podia contar pro Renzo o quanto vinha sofrendo na mão das alemoas da igreja. As pestes se esqueceram das dez cucas que ela assou para a última quermesse. Se esqueceram do leitão que o Renzo dava todo ano pra festa de Natal. O Renzo não, ela! O Renzo doava, mas era ela quem criava os bichos. Depois do desmame, dava a lavagem, o milho, a batata-doce. Separava o leitão e deixava na ceva um mês antes, pra melhorar a carne. Depois ainda precisava segurar o bicho e aguentar os berros desesperados enquanto o Renzo sangrava o coitado. Daí ainda abria, tirava as tripas, os miúdos, lavava, escaldava pra tirar os pelos, salgava. Deixava pronto pro seu Raulino assar e botar na roleta. Havia mais de dez anos a mesma coisa. Quando descobriram que ela sabia bordado, pediram pra bordar a estola do padre, a toalha do altar, os trajes do grupo de dança alemã. Viviam pedindo-lhe coisas. Tudo, tudo isso foi esquecido. Depois que o Renzo saiu de casa, todo o desprezo, todo o ódio disfarçado afinal se mostrava. As alemoas pararam de fingir que gostavam dela e começaram a negar-lhe a fala, a ignorá-la na missa, a mudar de lado na rua quando a encontravam. As piores eram as Três Marias, a Prim, a Wessler e a Gesser. Uma era mulher do prefeito, outra do juiz, outra do dono da serraria. Eram elas que controlavam tudo na igreja, desde a organização das missas e da catequese até o caixa. Um dia, no confessionário, Alzira reclamou ao padre Ernesto sobre a maneira como a vinham tratando. Não pensava, claro, que ele fosse chamar as Três Marias e dar‑lhes uma bronca, mas esperava ao menos um pouco de apoio dele. Ouviu do padre que ali era uma comunidade pequena e tradicional, que as pessoas tinham os seus costumes, os seus valores, que ela precisava tentar compreender e perdoar, que seguisse o exemplo de Cristo… Ela arrependeu-se de ter tocado no assunto. Talvez as outras mulheres fossem melhores para ela se não tivessem medo de ficar mal com as Três Marias. Mas Alzira, de alguma forma, já antecipava isso. Sabia que era uma intrusa ali e que a máscara de falsidade das alemãs um dia viria abaixo. Ela morava ali havia quinze anos, mas sentia que nunca fora aceita pelas mulheres. Que tolice ter deixado que Renzo a trouxesse para Santa Úrsula! Dezesseis anos antes, Renzo servia ao Exército em Florianópolis e tornou-se amigo de Paulo, seu irmão, que o convidou a conhecer a família. Logo que o viu, Alzira ficou atraída por aquele moço louro e tímido, que carregava nos rr ao falar e que ficava vermelho por qualquer coisa. Ele também pareceu gostar dela à primeira vista, ainda que mal a olhasse nos olhos. As visitas frequentes foram trazendo intimidade, e não tardou que ele a pedisse em namoro e logo em noivado. Foi quando Renzo a trouxe a Santa Úrsula para conhecer seus pais e irmãos. Ela tinha a pele clara e os olhos verdes, herdados da mãe. Apesar dos seus cabelos escuros e cacheados, os Klein não poderiam supor que o pai dela não era branco. No dia do casamento, Alzira pôde ler a surpresa nos olhos dos Klein, dos Lohn, dos Deschamps, dos Schmitz, daquela alemoada toda, quando ela percorreu a nave até o altar de braços com aquele mulato alto e forte, muito elegante no uniforme de gala da polícia. Em lugar pequeno, todos sabem de tudo. Os Klein e toda a vizinhança já sabiam que a mãe da noiva do Renzo era costureira e que o pai era sargento. Não era o uniforme bonito ou seu vestido simples, claro, a causar surpresa e todos aqueles cochichos em alemão. Na festa do casamento, ela viu como os Klein pouco falaram com seus parentes. Mas ela bem sabia como esconder a mágoa e erguer a cabeça. Durante os dois anos em que moraram numa casinha no quintal dos sogros, ela tornou-se o braço direito de dona Catarina. Aprendeu a fazer pão, a cuidar dos animais, a capinar os canteiros de hortaliças, a matar e limpar os frangos, a plantar e colher a batata e o aipim. Era pau pra toda obra. Não poderia dizer que a sogra se tornara amiga dela, mas tratava-a com respeito e cordialidade e não se metia na vida dela e do marido. Juntando as economias dela e de Renzo com o dinheiro que o pai deu a ela como presente de casamento, compraram um pequeno sítio, construíram uma casinha simples de madeira e começaram a trabalhar. Quando Klaus nasceu, no ano seguinte, eles já produziam porcos, frangos, ovos, aipim, batata, verduras e colhiam palmito na área em que o mato ainda não dera lugar à lavoura. Era uma lida de sol

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PARABÉNS AOS AMIGOS SÃOPAULINOS

Por Walter Falceta Como amante do esporte, do fair play e do rito civilizatório, parabenizo aqui os inúmeros amigos sãopaulinos pelo título do Campeonato Paulista, obtido sobre a Sociedade Esportiva Palmeiras. Depois de 16 anos, finalmente a nação tricolor pode comemorar a conquista estadual. Vejo um IMENSO destaque nesta conquista, a atuação do técnico argentino Hernán Crespo, que soube muito bem anular o jogo de pressão e linhas compactas do rival alviverde. Como já havia feito no Defensa y Justicia, Crespo vem ministrando verdadeiras aulas de como deve ser jogado o futebol nos tempos atuais. O São Paulo tem sido confiante, mordedor e, sobretudo, vertical. Recobra assim, de modo atualizado, a tradição das grandes formações do clube do Morumbi. Fica, por fim, o recado de um corinthiano. Os sãopaulinos precisam também cerrar fileiras, de forma organizada, na defesa da democracia e na luta contra o fascismo. Espelhem-se no Coletivo Democracia Corinthiana e no Porcomunas e criem um grupo organizado para somar na luta popular. Salve, salve!   Walter Falceta é jornalista e coordenador do Coletivo Democracia Corinthiana

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Parada Necrófila

Por Sonia Castro Lopes   Foi um espetáculo macabro o que se assistiu neste domingo (23) na orla da cidade que já foi maravilhosa e se transformou num curral eleitoral bolsonarista. No Leblon, todas as ruas transversais à praia encontravam-se interditadas impedindo que veículos acessassem a via principal. Helicópteros, carros oficiais, policiais armados, batedores e uma multidão de motocicletas pilotadas por bolsominions integravam o cortejo que tentava mostrar à população carioca o quanto seu líder é reverenciado. Oriundos da zona oeste, terra de milicianos, seguiam sem máscara, disseminando o vírus que já matou quase meio milhão de brasileiros. Quem precisa dessa demonstração de força? Só os que têm medo e se sentem acuados.   A maioria dos transeuntes e banhistas foi pega de surpresa. Assistia ao show sem entender bem o que se passava. Alguns apoiadores (poucos, por sinal) acenavam com gritos e bandeiras à passagem do cortejo. Outros gritavam “fora assassino, fora genocida!” levando à loucura os apoiadores do capitão reformado. Ao contrário do que se via na época da campanha presidencial, não havia bandeiras nos prédios da orla, pois a elite que tem “horror ao PT” agora espera, conformada, a candidatura de alguém que possa representar a “terceira via” e ponha fim à “polarização ideológica que não faz bem ao país.” Durou cerca de vinte minutos a baderna bolsonarista pela praia do Leblon. Em outros bairros da zona sul consta que houve panelaços em reação àquela patuscada.   Após ser multado pelo governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB-MA), por protagonizar passeios de moto e aglomerações na capital daquele estado, o capitão mobilizou seus apoiadores a fim de promover um desagravo em terras cariocas. Com a presença e anuência do governador, Cláudio Castro (PSC-RJ), um de seus mais novos aliados, Bolsonaro  desembarcou no Parque Olímpico da Barra da Tijuca, zona oeste do Rio,  às 9 h30 e, ao lado do ex-ministro Pazuello – o ‘general da banda’ – participou de um ato no qual se aglomeraram cerca de 10 mil pessoas, segundo estimativas da prefeitura.   Sequer são originais esses fascistóides. Copiam e colam as práticas utilizadas pelo ‘Duce’ na Itália, como registra La Tribuna Illustrata de 1933 que mostra o ditador em passeios de motocicleta pelas ruas de Roma. Conhecemos o desfecho daquela aventura que causou tanto sofrimento e miséria ao povo italiano. Por aqui, quanto mais se sente ameaçado, mais o capitão promoverá essas aglomerações país afora. A ele não importa que o povo esteja desempregado, faminto, que a pandemia tenha ceifado a vida de centenas de milhares de brasileiros.  Desesperado com as últimas pesquisas de opinião, temeroso com as consequências da CPI da pandemia e com as alianças que vêm se concretizando – até FHC já declarou um possível voto a Lula – o aprendiz de Mussolini faz questão de demonstrar força e popularidade.   Estão sendo programadas para o próximo dia 29 manifestações e paralisações em todo o país. É preciso dar um basta aos crimes cometidos contra o povo brasileiro. A pressão virá de todos os segmentos: partidos, movimentos populares, sociais, sindicais e grupos de trabalhadores. É hora de ir para a rua, mantidos os protocolos de proteção. Sigamos juntos nessa luta pela democracia. RESISTIR é preciso! #Fora Bolsonaro!   #Vacina no braço e comida no prato!   Foto: Reprodução Instagram/Facebook

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Felipe Melo e o ovo da serpente do fascismo

Por Simão Zygband O meio-campista do Palmeiras, Felipe Melo, apoiador do genocida Jair Bolsonaro é o exemplo do ovo da serpente do fascismo que amargura a história recente do país. Na final do campeonato paulista vencido pelo São Paulo, ao cantar o hino nacional, Felipe Melo foi fotografado fazendo o sinal da “arminha”, símbolo de campanha do capitão reformado. Como não bastasse ser o responsável direto pelo primeiro gol são-paulino, quando a bola bateu no volante fascista e adentrou a meta alvi-verde, Felipe Melo novamente mostrou a cara do fascismo e, como capitão do time, não foi pegar a taça de vice-campeão, incumbência que coube ao zagueiro paraguaio Gustavo Gómez, símbolo da garra do Palmeiras. Ao conquistar a Copa Libertadores da América, conquistada no ano passado pelo Palmeiras, Felipe Melo, durante as comemorações, retirou o troféu das mãos de Gustavo Gomez e iniciou uma volta olímpica. Justo ele que ficou boa parte da competição contundido e “desfalcou” o time nas partidas finais, não sendo responsável direto pela conquista. Mas na hora de aparecer na foto de campeão, lá estava o fascista Felipe Melo. Ao  fazer o sinal de “arminha” durante a entonação do hino nacional antes do jogo final do Campeonato Paulista, Felipe Melo se junta a milhares de fanáticos fascistas que no dia anterior foram saudar seu ídolo Jair Bolsonaro, que sem usar máscara, em total desrespeito às quase 500 mil vítimas da Covid-19, participou de aglomeração no Rio de Janeiro em ato, convocado por aliados e apoiadores, de uma “motociata”, puxada por centenas de motociclistas que percorreu diversos bairros da cidade. Bolsonaro fez um discurso de pouco mais de cinco minutos para os apoiadores. Ao lado dele no palanque, também sem usar máscara, estava o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello, que na última semana atuou para blindar Bolsonaro de responsabilidade pelas falhas do país no combate à pandemia em seus dois dias de depoimento na CPI da Covid. Em seu discurso, o genocida, responsável direto por milhares de mortes, elogiou os valores conservadores. “Temos que agradecer à nossa direita, àqueles que defendem a família, a Pátria e que têm Deus no coração – afirmou – Podem ter certeza, nós vamos sim cada vez mais fazendo com que as pessoas eleitas por vocês façam melhor. Sei da enorme responsabilidade que eu tenho, mas sei do povo maravilhoso que me apoia”. Os fascistas brasileiros tentam assim, com uma manifestação com visibilidade, mostrar à população brasileira que o (des)governo Bolsonaro resiste, apesar das últimas pesquisas eleitorais mostrar a disparada do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que venceria o genocida ainda no primeiro turno nas eleições de 2022. A gestão fascista também mostra grande rejeição por parte dos brasileiros, que não aguentam mais o cinismo do atual mandatário no enfrentamento da pior crise econômica, moral e política que o país já enfrentou. Boa parte da torcida palmeirense quer a saída de Felipe Melo pois, dentro de campo, é o retrato fiel do seu “mito”. Apresenta um futebol questionável, que sempre coloca em risco a defesa palmeirense , mas que na hora de comemorar o título, se coloca como grande liderança do grupo. No entanto, se recusa, como capitão da equipe, a receber o troféu de vice-campeão. Veja o que alguns torcedores falaram sobre o capitão do Palmeiras: Joaquim de Carvalho, jornalista: “O que esse cara (Felipe Melo) ainda faz no Palmeiras? Devia estar passeando de moto com os fascistas no Rio de Janeiro. Assim o Palmeiras não tomaria aquele gol. Capitão do time no início do jogo, nem quis receber a taça de vice, tarefa que coube ao gigante paraguaio Gustavo Gomes, este sim guerreiro e honrado”. Michel Gherman, professor universitário da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) “Não chamo mais ninguém de bolsonarista. A partir de hoje, os chamo somente de fascistas ou nazistas. Chamar o fenômeno pelo nome é parte da luta. O jogador do Palmeiras que fez o símbolo de arminha, assim, não deve mais ser tratado como “bolsonarista”, é fascista. Pro protocolo”. #forabolsonaro e #forafelipemelo

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Como realizar atos de rua com proteção

Como realizar atos de rua com proteção

No domingo (24) vimos um exemplo de como quebrar todas as regras protetivas durantes atos públicos, quando o presidente do Brasil participou da “motoata” na cidade do Rio de Janeiro. Além de não cumprir as recomendações sanitárias para controle da disseminação do #coronavírus e desprezar a #pandemia, também houve atos de repressão á #liberdadedeimprensa. Como nos próximos dias, quarta-feira (26)  e sábado (29) estão agendadas manifestações de rua respectivamente em Brasília e em todo o país, ConstruirResistência reproduz a seguir as recomendações da #RedeNacionaldeMédicaseMédicosPopulares para assegurar a não propagação da #Covid-19 e segurança daqueles que forem protestar:   COMO REALIZAR ATOS DE RUA COM PROTEÇÃO Guia de segurança sanitária na pandemia 1. As manifestações devem ser feitas *SEMPRE em local aberto* e bem ventilado; 2. *Manter distanciamento* de 2 metros entre manifestantes; 3. *Uso de máscara deve ser obrigatório*, de preferência, PFF2/N95 ou máscara cirúrgica embaixo da máscara de pano. Sempre *bem ajustadas no rosto*, sem vazamentos; 4. Recomendamos aos movimentos que puxam as manifestações que forneçam máscaras adequadas àqueles que não possuem; 5. Muito importante pensar no deslocamento até o ato. *Preferir transportes com janelas abertas* e usar máscara o tempo todo; 6. Não deve haver abraços ou beijos. Evitar compartilhar objetos pessoais, água e alimentos; 7. Lavar as mãos ou *utilizar álcool em gel sempre que for tocar nos olhos, boca, nariz ou na máscara*; 8. *Leve máscaras extras* para outras pessoas que necessitam; 9. *Não devem participar as pessoas com sintoma suspeito de #Covid-19 ou teste positivo*, ou ainda que tiveram contato com pessoas com sintomas ou teste positivo; Exemplos de sintomas: Tosse, Febre, Cansaço, Dor de cabeça, Coriza, Congestão nasal, Dor de garganta, Perda de olfato ou paladar, Falta de ar e Diarreia. Rede Nacional de Médicas e Médicos Populares https://www.instagram.com/p/CPOML6Kn7Oe/?utm_source=ig_web_copy_link

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