Por Afropress
Mais de 200 pessoas, ativistas e militantes do movimento negro paulistano, tomaram as ruas neste sábado (02/07) para defender a preservação do sítio arqueológico Saracura Vai-Vai, onde foram encontrados vestígios do Quilombo Saracura, comunidade do século XIX, que deu origem ao bairro do Bixiga, centro de S. Paulo.
O sítio foi achado durante as escavações para a construção da Linha 06 (Laranja) do Metrô, em pleno centro de S. Paulo.
Segundo, um dos líderes do Movimento Saracura Vai-Vai, Rubens de Souza Fernandes, o Rubão, octogenário de 82 anos, presidente da Soeuafrobrasileira, nesta segunda (04/07) lideranças do movimento deverão procurar o Ministério Público Federal para pedir apoio.
URGÊNCIA
Para Rubão, que foi um dos mais aplaudidos na manifestação, é fundamental que o Ministério Público Federal tome a iniciativa com medidas para preservar o sítio, mesmo que para isso a obra tenha de ser paralisada.
“Corremos contra o tempo porque se a Justiça não for acionada pelo MPF, corre-se o risco de se perder um sítio arqueológico, que guarda a nossa memória e a nossa história”, afirmou.
Ele nasceu no Quilombo Saracura, em 1939, e viveu os primeiros anos de sua infância no Bixiga e na Liberdade, onde havia o Largo dos Enforcados, depois Largo da Glória.
O Movimento Saracura Vai-Vai é integrado por ativistas do PT, PSB, PCdoB, PSOL e também por ativistas independentes, além de moradores do Bixiga sob o lema “Metro, sim. Apagar nossa história, não”.
Veja o vídeo com a intervenção de Rubão:
https://www.instagram.com/tv/CfhBjMnK-lw/?igshid=MDJmNzVkMjY=
Matéria publicada originalmente no link abaixo da Afropress
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